O geomarketing é uma área do marketing que permite usar os dados de geolocalização para gerar informações sobre os clientes e também criar ações específicas – como envio de anúncios, ativação de cupons de descontos – baseado na local onde o consumidor se encontra. O geomarketing tem duas vertentes: off-line on-line. No geomarketing off-line os […]
O geomarketing é uma área do marketing que permite usar os dados de geolocalização para gerar informações sobre os clientes e também criar ações específicas – como envio de anúncios, ativação de cupons de descontos – baseado na local onde o consumidor se encontra. O geomarketing tem duas vertentes: off-line on-line.
No geomarketing off-line os dados utilizados para entender o perfil de consumo e criar as estratégias podem ser por exemplo, as informações demográficas e socioeconômicas de uma rua, bairro ou cidade, as informações de faturamento das lojas de uma região ou de centros comerciais e shoppings. Dependendo do tipo e da quantidade de dados acessados é possível estabelecer o ticket médio para determinados produtos e serviços da região, o potencial de compra dos moradores ao redor, também analisar a melhor localização para abrir uma loja ou franquia.
Já o geomarketing on-line nasceu com a revolução digital. As tecnologias de geolocalização, como endereço IP, GPS, wi-fi e bluetooth, embarcadas nos dispositivos e também utilizadas pelos aplicativos, passaram a gerar informações baseadas na localização. E mais, permitiram também criar ações diretas com o consumidor, como o envio de mensagens por SMS, Whatsapp, ativação de promoções e também anúncios segmentados e direcionados nas redes sociais, nos sites e ecommerces.
A inteligência de localização gerada pela combinação entre os dados de localização off-line e online se tornou estratégica para todos os negócios, mesmo para aqueles que não tem loja física e operam apenas no digital. A demanda por ofertas e experiências personalizadas no digital e no físico reforçam a importância de adotar o geomarketing.
Facebook Ads e Google Ads: segmentação e entrega de anúncios com base na geolocalização.
O Facebook e o Google são os melhores exemplos de empresas que fazem isso através dos seus aplicativos, que usam as tecnologias – IP, GPS, Bluetooth e Wi-Fi – embarcadas nos dispositivos para acompanhar em tempo real e registrar o histórico de geolocalização dos usuários.
As famílias de aplicativos das duas empresas utilizam os dados de localização para entender o comportamento do consumidor e entregar estratégias de geomarketing através da segmentação e distribuição de anúncios direto nas suas plataformas. Com isso, é possível direcionar anúncios específicos e customizados para atingir um público específico dentro de uma área geográfica. Por outro lado, os insights de geolocalização do Facebook e o Google só podem ser usados para os anúncios dentro do Facebook Ads e do Google Ads.
Serviços de e-commerce como a Amazon, Magazine Luiza, Mercado Livre, Casas Bahia, Ifood, Rappi, entre outros também conseguem analisar através dos aplicativos instalados nos aparelhos, utilizando métodos bastante similares ao utilizado pelo Facebook e pelo Google.
Algumas empresas desenvolveram diferentes soluções para verificação da localização, que estão embarcadas nos aplicativos de e-commerce, delivery, transporte, entre outros. Através do uso de sensores como acelerômetro, magnetômetro e WiFi, integrada pelos fabricantes dos aparelhos, estas soluções conseguem funcionar até em locais fechados. No entanto, ao estar embarcada em aplicativos que armazenam dados pessoais e dados sensíveis, estas soluções acabam por tocar num tema sensível da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que é justificar o legítimo interesse do uso dos diferentes tipos de sensores de geolocalização do aparelho por aplicativos que tem como finalidade o geomarketing.